Urbanidade e Boas Maneiras
Injustamente acusado e seviciado, ora eis que o vosso lépido servo da gleba, Mutatis, surge para salvar a honra do convento cibernético. “Acusado”? – inquire o apanascado mesário da crítica. Sim, exprobrado e acusado de amanhar o blogue do pecado e da luxúria. Mutatis + Mutandis equals ZERO.
Concretizando, choro dores infligidas pelo vetusto aguilhão da reprimenda ou melhor dizendo, caralho, Mutatis, o teu blogue só diz merda. Santinho. De facto, a escatologia (e a política, já agora) sempre me fascinou (ou fascinaram). E o coprofágico leitor agradece.
Decidi, então, agora, durante as férias de verão, aquando da miríade de comensais pululantes por esses bailes de aldeia, discorrer sobre a etiqueta e sobre as boas maneiras, tema, aliás, agastado pela pena pedante de tais autores como a nossa cara Pauleta Faz-Me Um Bobone. Foda-se, um gajo tem de ser urbano e porfiar em ser moderno, em tecer as teias da civilidade. Não, suas morgadas, não vos ensinarei a chupar com brio, pois para tal está já à vossa disposição o Manual de Civilidade, qual cartilha da foda, o qual recomendo vivamente. Trata-se, simplesmente de boas maneiras. Leiam também, a propos, Dave Barry, que vos dá uma lição de cortesia e de table manners (burp).
Abrangeremos o casamento, os mortos, a convivência social e todo o tipo de ocasiões formais e engate de esquina. Comecemos, então, pelo casamento. No concernente ao casamento, o nosso primeiro bloco de civilidade, teremos de ter em atenção o noivado.
1. O Noivado.
1. O Noivado.
Ao enforcamento, perdão, à promessa de noivado, os antigos davam o nome de phodere. Atente-se na antiguidade da instituição, ainda escrita com ph. As bolachas do Noddy não são grande espada. Prefiro lamber sabão. Davam o nome, como toda a gente sabe, de spondere, do latim, que significa não foder, mas sim, prometer. Assim, a cabeça de gado era prometida pelo patriarca, sendo a promessa, mais tarde, cimentada pelos próprios patos (leia-se noivos). Todos sabemos que os esponsais estavam previstos no Direito Canónico. Hoje em dia, a promessa de casamento subsiste com o nome de noivado e obedece, claro, a determinadas normas e regras de etiqueta.
O Enxoval:
O Enxoval:
Qualquer matrafona de crica sadia vê ser preparada a sua roupa de casa. É sua responsabilidade, aliás. Hoje em dia, será a mãe da donzela que, expedita, tratará de amealhar naperons, rendas e garfos, para o bem da cria, desde tenra idade, e não só quando se vislumbra concretamente um aviso de recepção de casamento. Ao noivo compete, por tradição, arranjar casa e mobília.
Na próxima sessão, não percam, o “pedido de casamento”.
Na próxima sessão, não percam, o “pedido de casamento”.
5 Comments:
A excepcao confirma a regra. Ou não serei eu "donzela" nem uma matrafona de crica sadia"?! Enxoval não faz parte do vocabulário de cá de casa. Não tenho sequer um garfo guardado para tal efeito. Dizei-me ó sábio Mutatis deverei preocupar-me?
By Anónimo, at 23 julho, 2006 18:29
eu preocuparia-me.
By rui jacaré, at 23 julho, 2006 20:24
Foda-se Mutatis, fêmeas esfaimadas a pedirem-te conselhos sobre a arte matrimonial!!!!! Isto tá muito avançado! E, cara Esquila, se fosse a si, eu estaria preocupado; prepare pelo menos os talheres, não vá o diabo tecê-las!
By magister dixit, at 25 julho, 2006 00:39
Deixai soar as trombetas castelhanas, deixai!!!
Soltem os mastins, wauwau.
Que comece a tourada, ora. Isto vai acabar mal. Cara esquila, nao vos devereis preocupar, pois o macho providenciará carro, casa e roupa lavada, à módica quantia de 999,99 euros por mês, sexo à parte.
Fêmea responsável, colecciona facas, garfos e panos. Tenho dito.
By MuTaTiSmUtAnDiS, at 29 julho, 2006 14:40
vou já tratar disso. Obrigada pelos sábios conselhos!
By Anónimo, at 30 julho, 2006 13:48
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